A educação de jovens e adultos [EJA] é oportunidade única de resgatar a dívida social que o descompromisso político só faz aumentar dia a dia. Educação de jovens e adultos, em 2ª edição e novo formato, nos leva exatamente a encarar a dívida social que ainda está por ser paga aos jovens e adultos analfabetos, que não coincidentemente são os pobres, os excluídos, os negros, os indígenas das periferias e do campo. Há muito a ser feito em termos de educação de jovens e adultos, para levá-los à leitura, à escrita, à expressão oral e ao cálculo. São mulheres e homens ainda não integrados ao sistema público de ensino, insulados numa sociedade que exige de seus membros sempre maior letramento. Como integrar à sociedade global da informação a população analfabeta total (9,7%) e funcional (20,3%) que ainda mantemos? Falar de EJA é falar de universalização do acesso ao letramento e ao numeramento, é falar de inclusão no mundo letrado de pessoas simples que foram nalgum momento obrigadas a abandonar a escola por necessidade de sobrevivência, ou que nem mesmo chegaram a ter acesso à educação básica. Nesse cenário de urgências, apresentamos a 2ª edição de Educação de jovens e adultos para que sempre mais pessoas possam calcular, falar, ler e se exprimirem como sujeitos autônomos na medida máxima do possível.